O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, no fim de sessão volátil, emendando o sexto pregão consecutivo no vermelho, com a piora em Wall Street e o declínio das ações da Vale ofuscando a alta de Petrobras e o salto de Cielo.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,5%, a 115.882,30 pontos, tendo recuado a 114.886,51 pontos na mínima e avançado a 117.839,79 pontos na máxima. O giro financeiro foi de 35,6 bilhões de reais.
Na visão do sócio da Manchester Investimentos, Eduardo Cubas Pereira, dúvidas relacionadas à vacinação contra a Covid-19, incluindo a eficácia em meio a novas variantes do vírus, e preocupações fiscais continuam pressionando as ações.
Mas ele classificou como saudável a realização de lucros na bolsa paulista após o Ibovespa renovar marca histórica no dia 8, quando fechou em 125.076,63 pontos. Desde então, considerando dados de fechamento, o Ibovespa acumula queda de 7,35%.
Ele afirmou que as últimas declarações do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizando compromisso com o teto de gastos e agenda mais pró-mercado agradaram, mas que o discurso precisa se transformar em fatos.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 fechou em queda de 2,57%, com hedge funds se desfazendo de posições compradas para cobrir ‘short squeeze’, com agentes financeiros também repercutindo balanços e sinalizações do Federal Reserve.
No comunicado que acompanhou a decisão de deixar sua política monetária estável, o Fed sinalizou uma possível desaceleração no ritmo da recuperação da economia norte-americana, citando a atual crise de saúde pública no país.
CIELO ON (SA:CIEL3) saltou 13,35%, após abrir a safra de balanços do Ibovespa com resultado bem avaliado por analistas. “Há uma luz no fim do túnel… E não é um trem”, escreveu o Bradesco BBI. Executivos da maior empresa de meios de pagamentos do país prometeram vender alguns ativos não essenciais enquanto aguardam aval do BC para uso do WhatsApp em pagamentos e ampliam a oferta de produtos de crédito.